19 de junho de 2013

Submission - I

Depois de atravessar meia Lisboa a alta velocidade, infringindo todas as regras de trânsito para conseguir chegar às Docas à hora combinada, para meu espanto às 17h03 não estava ninguém presente. Corri todos os bares e deparei-me com portas fechadas ou empregados a limpares os bares para a noite. Fique pior que estragado e a chamar todos os nomes e mais alguns. De repente o telefone toca outra vez em anónimo:

- Estou? Onde está?

- Desculpe, boa tarde. Estou a falar com o Sr Pedro Vicente?

- Sim. Quem fala?

Imagem de verdepontoazul.blogspot.com 
- Gostaríamos de saber a sua opinião relativamente aos nossos serv....

- Minha senhora, desculpe. Ligue-me amanhã.

Não era aquele telefonema que estava à espera. Muito menos para me pedirem opinião sobre serviços. Haja paciência.

Andei de um lado para o outro na marina à procura de algo que me demonstrasse que a minha ida ali não tinha sido em vão. Quando olho para um dos barcos que estava na marina avisto uma senhora, de cabelo loiro, muito elegante, acenando-me para ir ter consigo ao barco. Assim o fiz.

Desta vez tinha a certeza que era a Teresa. Estava sem máscara e sem qualquer preocupação em que percebesse quem ela era. Parecia-me preocupada.

- É a Teresa, suponho.

- Sim, sou. Desculpa esta confusão toda mas a minha vida está uma desgraça total. Sinto-me perdida e não sei bem o que fazer. Sei que tenho te prejudicado muito e por isso estou aqui para te pedir desculpas por tudo o que fiz. Por ter sido egoísta. Não pensei, desculpa.

Achei estranho aquela conversa. Fique surpreendido com aquela sua decisão em pedir desculpas pelo que me fez passar. Nunca mais me esqueço aquela noite na prisão. Foi horrível. Mas nada daquilo me fazia sentido.

- Mas chamaste-me aqui para me dizeres isso? - Perguntei-lhe desconfiado. Senti-me confortável a trata-la por tu.

- Sim. Já vi que fiz mal. Desculpa, Pedro.

- Não, não, Teresa. Não fizeste mal algum. - Aproveitei aquela deixa para ter o meu momento de glória. Não consigo acreditar nesta mulher depois de tudo o que passei. Ela tinha que sofrer na pele os problemas que me causou. - Vamos dar uma volta pode ser?

- Está bem.

Apesar dela não estar com muita vontade decidimos andar perto rio a falar. A minha intenção era levá-la para um sítio calmo e tranquilo onde pudéssemos estar relaxados e sem grandes preocupações. Depois de uma hora a andar perto do rio, fomos de carro até Av. Liberdade, ao Tiara Park Hotel, em Lisboa.

Na recepção pedi para me alugarem uma das suites do hotel. Uma vez que a suite presidencial estava indisponível fomos para a Diplomatic Suite. Não era tão grande como a presidencial mas tinha espaço suficiente para aproveitarmos o momento.

A Teresa, apesar do seu ar louco, era uma mulher extremamente atraente e elegante. O seu corpo torneado deixava qualquer homem boquiaberto e com um desejo enorme de o explorar. Tirei o casaco e posei-o em cima do sofá. Pus-me à vontade assim como ela. 

Estranhamente a Teresa tinha trazido umas calças pretas justas com uma camisa branca mas assentava-lhe tão bem. Enquanto ela falava sobre o momentos menos bons pelo qual estava a passar, eu apreciava o seu jeito de falar. Apreciava os seus lábios semi-carnudos e o seu perfume. Era doce. Enquanto olhava para os seus olhos, apenas me lembrava da sua cara com uma máscara. 


Ela levantou-se do sofá e quis ir até à janela da suite. Disse-me que há muito que ansiava estar comigo mas não conseguia ter coragem de voltar a prejudicar-me. Ao ouvir aquele discurso, por momentos, fiquei enternecido mas sabia que a Teresa era mentalmente desequilibrada. Mas tinha algo que me deixava completamente louco: a sua loucura.


Não resisti e beijei-lhe. Beijei-lhe tão intensamente que ela, que não estava à espera, agarrou-me na cabeça alguns milésimos segundos depois, com a voracidade de um leão. Rapidamente voltámos para o sofá que estava perto da janela.



Rasguei-lhe a blusa branca. Os botões saltaram para o chão perdidos na alcatifa de luxo da suite. Ela muito perplexa com receio do que viria a seguir, escondeu os peitos com os braços em jeito de protecção. Naquele momento senti toda a raiva que tinha e depositei na Teresa. Aquelas maldades todas que me tinha feito noutros momentos vieram ao de cima. 

Peguei-lhe pelas calças e atirei-a para cima da cama que era larga e forte. Ouvia-se uns ligeiros gritos assustados de alguém que não esperava ser jogada para cima da cama. Tirei o meu cinto das calças e fui em direcção à cama. Ela olhava-me assustada e com receio da minha reacção e eu queria tirar proveito desse poder que tinha sobre a sua mente naquele momento.

- Hoje vou dar cabo ti sua puta. - Disse-lhe num jeito meio devorador de quem ordena submissão. - Vais pagar por todos os momentos que gozaste comigo. 




2 comentários: