4 de junho de 2013

Dilemma

Depois de algum tempo sem falar com a Inês decidi ligar-lhe para perceber melhor a sua reacção. Como estava de férias ganhei coragem para abordar o assunto novamente:

- Inês, estás bem?

- Sim, Pedro. Que queres? - Que bruta e ríspida. Não percebo porquê mas começo a ficar farto desta postura comigo.

- Gostava de falar contigo, pode ser? Deixo à tua escolha. - Decidi por as cartas no jogo e deixar do lado dela a decisão.

- Mas falar o que Pedro. Não há nada para falar.

- Inês peço-te que fales como deve ser comigo. Não te fiz mal algum para me tratares assim. Consegues? - Passei-me por completo com aquela infantilidade. 

- E onde?

- Já te mando um sms com a morada, ok?

Finalmente consegui a sua atenção. Continuo sem perceber o que se passou mas irei esclarecer.

Às 17h na Senhora da Guia, em Cascais. Pedes para ires à suite de luxo.

Dei-lhe as indicações para ire ter comigo. Hoje tenho de tirar a limpo esta história. Não consigo viver com este dilema na cabeça. 

Já na suite, depois dela entrar no quarto, ordenei-lhe que falasse sem rodeios. Estava no sofá à sua espera. Apesar do ar condicionado estar ligado, o quarto estava quente e eu estava sentado sem t-shirt. :

- Vais dizer-me o que se passou? - Nem a cumprimentei. 

- Não há nada para falar. Não consegues respeitar a minha decisão?

- Inês... Eu consigo respeitar todas as tuas decisões. Agora quando me envolve diretamente e eu não sei porque é que me excluíste da tua vida, percebes que isso não consigo respeitar. Ou estou errado?

Ela vem na minha direcção e eu ignoro-a com olhar. De repente sou surpreendido. Estava com os pés em cima da mesa e a Inês, mostrando um lado denominador, com a sua perna afasta a minha de cima da mesa como se desse um pontapé. Fiquei perplexo porque não estava à espera da sua reacção. Olhou-me nos olhos e perguntou-me, duma forma ríspida e agressiva, se tinha tido saudades suas enquanto me acariciava a cara. Só pode estar a gozar comigo de certeza ou então é louca.


- Vai-te foder! Deves ser louca. - Fiquei completamente passado com aquela pergunta. Como podia fazer-me uma coisa daquelas. Depois de tudo ainda me pergunta se tive saudades suas? É de loucos. Subitamente levo uma chapada na cara com toda à força:                                                                                                                                                                                                     

- Não falas assim comigo, meu cabrão! - Nunca via Inês naquele estado nem com aquela atitude. Confesso que a chapada, encheu-me de raiva e tive vontade de lhe bater. Raciocinei por três segundos para me controlar e mudar rapidamente o rumo das coisas porque iria correr mal.


Agarrei-lhe pelo meio das pernas e a sua expressão corporal mudou. O seu olhar dizia-me que estava desejosa que lhe pegasse e comesse. Segui os meus instintos e levantei-me do sofá, pegando-a ao colo e beijei-lhe de forma intensa. 
Senti um alívio enorme quando a beijei. Melhor ainda foi perceber que a Inês estava desejosa de me sentir. A boca dela comia-me. A sua língua estava mais ativa do que nunca. As suas mãos puxavam-me o cabelo e a minha reacção foi levá-la para a janela. 


Ela suspirou fundo e a sua respiração tornou-se ofegante. As minhas mãos tremiam enquanto a agarrava. Já estava tesudo e com vontade de senti-la molhada para mim. Ela estava desejosa e percebia que já o queria há muito tempo. Depois de a ter encostado à janela, ela ajoelhou-se e tirou-me as calças. Pegou-me no pau, já duro, pronto a penetrar-lhe com toda a tesão, desejo. Tinha saudades de sentir o cheiro do seu corpo. A vontade era tanta que só me apetecia morder-lhe. Virei-a contra a parede e despi-a. Ela ficou ali, nua. Só para mim. Tinha chegado o momento da verdade e queria que ela "pagasse" o que me fez passar.


De costas para mim e com o cu espetado, penetrei-a. Ela estava toda molhada e o meu pau estava demasiado duro. Assim que a penetrei, ela apertou-me as nádegas contra o seu corpo para que a penetrasse com mais força. Aquele momento estava a ser intenso e sentia que estava a "esmagá-la" contra o vidro. Estávamos ali expostos para todo o mundo nos ver mas não nos importámos pois aquele momento era nosso. Com uma mão na anca e outra no peito, a Inês estava a sentir a minha fúria por toda a sua ausência. Ela gostava que a comesse assim pois estava louca. Gemia, esticava-se no vidro, mordia os lábios e pedia-me mais:

- Maiiissss... Fode-me cabrão...AAaiii.. Issso.. Aii Pedrooo fode-me.. 


Estava louco de tanta tesão. A Inês era uma mulher que me deixava fora de mim. Ainda por cima, depois da sua ausência e desprezo, apenas tinha vontade de a sentir novamente. Fomos dois animais naquele momento. A intensidade fora demasiada e a minha excitação foi rápida mas muito intensa. Estávamos bastante ofegantes como se tivéssemos corrido numa prova de cem metros. Terminámos ali. Não falámos. Apenas nos limitámos a deixar os nossos corpos falarem por si. 


Sentei-me no chão, cansado e a tremer. Ela decidiu sentar-se por cima mim. O meu pau ainda estava com espasmos de tanta tesão. Pedi-lhe que me abraçasse. Queria naquele momento sentir um abraço apertado e perceber porque é que ela me tinha deixado de falar. Ela percebeu a importância da explicação pois tinha consciência que não lidara da melhor forma com esta situação. Exigi-lhe transparência na sinceridade que me queria transmitir, para que eu sentisse, de uma vez por todas, que a Inês gostava de mim.

- Porque brincas comigo desta forma? Que mal fiz eu?


- Eu sei querido. Anda cá. Desculpa. Não foi a minha intenção. - Senti que estava a ser sincera nas suas palavras e isso confortou-me.

- O que se passa? Nem imaginas como tenho passado. Nem percebi porque é que ages assim.

- Eu tenho uma pessoa. Eu namoro e depois daquele dia, em que estivemos juntos, senti-me bastante mal por tê-lo traído. Por isso afastei-me de ti. 

Senti-me de rastos. Ela tinha alguém e nunca me disse. Nem acredito nisto, porra.

- Mas porque não me disseste que eras comprometida? 


- Porque gostava da atenção que me davas. Do teu jeito que me tratavas. Fizeste-me sentir mulher novamente. Mas não posso viver esta vida desta forma. - Sentia que ela estava a falar comigo com um olhar bastante pensativo. Percebia claramente que a Inês estava num dilema que a incomodava. 

Não era minha intenção baralhá-la até porque não sabia que era comprometida. Mas confesso que ela me seduz bastante enquanto mulher. É ela que procuro mas sendo comprometida as coisas alteram-se. 

Estou confuso agora...










2 comentários:

  1. É de facto um dilema para o Pedro.
    Gostei, era óbvio que iriam sucumbir aos prazeres do corpo nos braços um do outro :)

    Beijinho

    ResponderEliminar
  2. Desculpa só responder agora mas não gosto de deixar os meus queridos leitores sem resposta. Mais vale tarde do que nunca. O Pedro naquela altura estava bastante confuso. Com o evoluir da história começou a perceber o que queria para si.

    Bisou

    ResponderEliminar